sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Comigo é na base do beijo!

Como eu queria que isso fosse verdade! Eu queria ser capaz de criar meus filhos assim, na base do beijo e do amor. A verdade é que aqui em casa é tudo junto e misturado: beijo, amor e gritos. Ai meu Deus, como eu grito! Se eu gosto? Claro que não! Mas infelizmente é  o recurso que eu tenho muitas vezes...
Há uns anos atrás fiz psicanálise. Como foi importante para mim! Mas como é um recurso caro, não pude mantê-lo (fiz quase 3 anos). E agora como eu queria minha psicanalista novamente!
Eu imaginava que criar filhos fosse uma tarefa difícil, mas não imaginei que fosse TÃO difícil. Tem dias que tudo corre (literalmente) bem, mas em outros... É hoje foi um desses outros! Um dos meus pequenos deu uma birra na hora do almoço, daquelas! No início tentei contornar. Não deu! Coloquei de castigo. Não deu! Quando eu vi estava aos berros com ele. Como isso machuca meu coração! Me sentir descontrolada quando eu, que sou a adulta, deveria resolver a situação. Tem momentos que simplesmente não posso. Me afastei dele e pedi ao meu marido que tentasse resolver. Ele resolveu, da forma dele. 
Esses momentos de birra para mim (não só para mim, eu sei) são terríveis! A gente não pode ceder e dar o que eles querem, eles não aceitam muitas vezes a nossa solução. O que fazer nesse impasse? É nessa que eu me perco! As vezes consigo contornar e no outro dia já não funciona. Ver esses pequenos seres que a gente ama tanto transformados em mostrinhos me tira do meu eixo. Sei que não deveria ser assim, que eu deveria ter calma e serenidade, afinal, eu os quis, eu escolhi trazê-los ao mundo. 
Te juro que dou o meu melhor, mas o meu melhor parece não ser o bastante! Porcaria de culpa que é inerente ao amor de mãe! Queria arrancar essa culpa do meu coração, mas não posso! Queria impedir que os gritos saíssem da minha boca, mas não posso! Queria sentir que o que faço é sim suficiente, mas não posso!
Pode isso, produção?

E vocês, como lidam com as situações incontroláveis? To aceitando sugestões...

Beijo e bom findi!!

Estela

4 comentários:

  1. Grito. Sim eu também grito.
    É tudo fácil e lindo no mundo das super nanys, das que fazem beber dormir, comer todo tipo de comida, mas para mim isso não é vida real.
    Há dias que em tudo é difícil. Mas culpa, eu nào sinto não! Tento sim melhorar, me esforço, reflito, choro e venho pro blog. Terapia boa e barata!

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  2. Olá Estela, muito prazer em conhece-la rsrsrs. Obrigada por sua visita ao meu blog! Vou te contar a minha experiencia no assunto. Eu criei dois meninos, um meu e o outro de meu marido, quando nos conhecemos já tínhamos filhos, e criamos os meninos juntos. Eu trabalhando de cabeleireira e cuidando de criar dois meninos, mas aí vc sabe né? Na verdade eu criava três, porque o marido nunca se metia em nada e nem dava opinião em nada, ou seja ele não estava ali rsrsrsrs . Eu resolvia tudo no grito e no choro. Choro meu mesmo, porque depois que eu gritava como louca ou até mesmo metia a mão neles eu começava a chorar de arrependimento e nervoso! Hoje sou mais calma, pois tomo Rivotril rsrsrsrs, e eles foram viver a vida deles já adultos, o meu filho casou com uma moça, e o meu enteado virou gay. Ai eu me culpo por isso, acho que talvez se eu tivesse sido uma pessoa mais tranquila, ou demente, tipo essas retardadas mentais que estão sempre com olhar de paisagem rsrsrsrsrs ele não tivesse virado gay. Mas sei lá, eu li uma vez uma frase de um escritor mas não me lembro o nome, ele disse que´´ Mães neuróticas é que criam homens de caráter`` e as vezes eu acho que isso é verdade pois apesar de meu enteado ser gay, eu criei dois seres humanos muito educado, responsável e carinhosos. Mas em certas situações que passei com eles se eu pudesse voltaria atrás para eu agir diferente, com mais calma e hoje viver com menos culpa. Pense nisso, o tempo passa rápido demais e daqui a pouco vc não terá mais eles em casa, e você ainda ficará com as sequelas que esse estresse deixa no corpo. Eu sou prova disso. Um bj no seu coração.

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    1. Depois que passa o momento, sempre acho que nunca mais farei pois sei do estrago... A verdade é que eu faço! Eu sei que o tempo passa rápido e vc tem razão, devo aproveitar mais! Quanto ao enteado gay, acho que independe de vc. Se é para ser será e ponto. Obrigada, lindona, pelo depoimento que me deixou mais calma.
      Beijo

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